Pessoas com deficiência promovem este sábado, 18, uma marcha em Luanda, para protestar contra o que dizem ser discriminação no recrutamento de cargos públicos e exclusão nos programas habitacionais, acesso ao crédito e as barreiras no acesso ao ensino de qualidade.
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Pessoas com deficiência planeiam manifestação em Luanda - 2:09
Desconhece-se de momento como é que as autoridades vão reagir a esta manifestação.
Num passado recente manifestações e vigílias têm sido proibidas pelas autoridades e um dos activistas disse ter recebido ameaças pelo telefone.
"Apesar de telefonemas que nós estamos a receber e ameaças mas não nos intimida, já sabemos como funciona”, disse Moisés Panzo um dos organizadores.
“Vocês podem fazer mal a mim, não me interessa mas eu estou disposto a defender todas pessoas da minha classe”, disse Panzo para quem várias promessas têm sido feitas para resolução dos problemas por que passam as pessoas com deficiência, mas não passaram de mentiras.
“Nós as pessoas com deficiência precisamos aqui assegurar que estamos agastados e nós não vamos aceitar mais qualquer tipo de mentiras que nos poderem passar, não, não vamos aceitar”, disse.
Alberto Tema, outro integrante do grupo organizador do protesto deste sábado, falou das dificuldades enfrentadas pelas pessoas com deficiência em Angola.
“Os problemas que vivemos são os seguintes: o desemprego, habitação, falta de meios de locomoção, nomeadamente cadeira de roda, canadianas, muletas e bengalas, acessibilidade nas instituições públicas e privadas”, disse.
“Ainda temos instituições que não tem rampas de acesso para pessoas com deficiência, o outro problema é discriminação e exclusão nos concursos públicos, até hoje somos discriminados na contratação publica”, disse.